O que são Interfaces Cérebro-Computador?

Interfaces Cérebro-Computador. Já ouviu falar?

Sthefano Cruvinel
Sthefano Cruvinel
Inteligência Artificial
06 Set 2023
Interfaces Cérebro-Computador. Já ouviu falar?

Nova tecnologia que pode ler a mente e permitir a comunicação e o controle de máquinas pelo cérebro já está sendo testada em humanos

A Inteligência Artificial (IA) tem causado uma verdadeira revolução por todo o mundo, conquistando cada vez mais milhões de adeptos.
Nesse âmbito, com o advento do ChatGPT, dezenas de novas ferramentas com funções parecidas ganharam destaque, entre elas,
GitHub Copilot e o DALL-E. Tem ainda o Bing, buscador da Microsoft, o Bard da Google e outras mais, como as “assistentes” Siri
(Apple), Cortana (Windows) e Alexa (Amazon). Como não falar também do Murf e do Speech Text, o primeiro converte texto em fala e, o
segundo, age inversamente convertendo voz em texto. Enfim, são muitas opções de IAs generativas (um subcampo da IA) que estão
permitindo que qualquer pessoa produza conteúdos, desde texto, imagens, vídeos, música, artes e até código para criar web sites.

Portando, a IA já vem sendo considerada por muitos a maior descoberta desde o fogo. Mas, será que existe algo mais a se inventar? A
resposta é sim! E o próximo passo da evolução humana já tem nome: BCI ou Brain-Computer Interface. No português, Interfaces
Cérebro-Computador.

Aliás, essa nova tecnologia já vendo sendo testada, inclusive, em humanos. Com isso, operar um drone, jogar videogame ou controlar
um robô com o simples uso da mente são ações possíveis com ajuda de BCIs, que abrem caminho para avanços inimagináveis.

Essencialmente, essa tecnologia que permite ao cérebro trocar sinais com um dispositivo externo, também representa uma ferramenta
poderosa para, por exemplo, restaurar o movimento, a fala, o toque e outras funções em pacientes com danos cerebrais.

Resumidamente, um BCI mede a atividade cerebral (seja elétrica, magnética ou metabólica), transmite esses sinais para um dispositivo
externo que responde executando ações determinadas. Os BCIs já estão sendo desenvolvidos e usados, por exemplo, para restaurar a
comunicação e as funções motoras em pessoas com esclerose lateral amiotrófica (ELA), lesão medular, acidente vascular cerebral e
síndrome de encarceramento e ajudar amputados a controlar braços robóticos, entre outras ações. A maioria dos BCIs depende de
eletrodos para coletar dados sobre correntes e potenciais elétricos no cérebro, embora também existam tecnologias magnéticas,
acústicas e infravermelhas. Em comparação com os eletrodos colocados no couro cabeludo, os BCIs implantados estão muito mais
próximos dos neurônios que pretendem registrar e, portanto, fornecem um sinal mais limpo que é mais fácil para um computador
decodificar e responder.

Enfim, desde que o ENIAC, o primeiro computador que podia ser operado por uma única pessoa, começou a exibir os seus contadores
em anel no ano de 1946, os seres humanos e as máquinas de calcular têm estado numa marcha constante rumo a uma integração mais
estreita. Na década de 1980, os computadores entraram nas residências, depois migraram para o colo, para os bolsos e para os pulsos.
No laboratório, a computação chegou aos molares e ao globo ocular.

A conclusão lógica de tudo isso é que um dia os computadores entrariam no cérebro e, ao que parece, isso já está acontecendo com
nova tecnologia BCI. Entretanto, na minha opinião, os BCIs ainda estão longe de serem uma tecnologia perfeita. Ainda não há como
dizer que tipo de erros ou contratempos encontraremos à medida que empresas e indivíduos começarem a usar esses dispositivos no
mundo real.

É esperar pra ver!

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Fonte: Jornal Uberaba

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