Tanto a Fujifilm quanto a Kodak sabiam que o maremoto da era digital ia nos varrer. A questão era o que fazer sobre isso. (Shigetaka Komori, diretor-presidente da Fujifilm)
Antes de entrar no assunto em questão, um parêntese: nos últimos artigos desta coluna, falei muito de Inovação - definindo conceitos e destacando vantagens, barreiras e até cases de fracasso e sucesso. Nesse contexto citei o exemplo da gigante Kodak, que foi à falência por não se adequar às novas tendências de mercado, de maneira oposta a duas de suas concorrentes, Canon e Nikon. Essas duas companhias, na época, passaram a oferecer aos consumidores produtos de melhor qualidade e preços baixos, enquanto o principal modelo de negócios da Kodak não eram câmeras, mas filmes e revelação de filmes.
Pois bem, recentemente, numa conversa envolvendo minha assessoria e um de meus colaboradores, falávamos de Inovação e dos últimos artigos escritos para esta coluna. Foi então que esse colaborador me propôs falar do caso da Kodak e da Fujifilm, dos destinos radicalmente divergentes dessas companhias. São duas empresas ligadas a coisas semelhantes, com respostas radicalmente diferentes a tecnologias disruptivas. Uma empresa faliu, a outra prosperou.
Vale lembrar que a Kodak e a Fujifilm dominaram o mercado fotográfico no século XX. A americana Kodak sempre esteve um passo à frente da japonesa Fuji em termos de inovação, produtos, qualidade, vendas e sucesso.
Mas então, por que a Kodak falhou e a Fuji teve sucesso? A principal razão por trás do fracasso da Kodak foi a incapacidade de diversificar seus serviços. Eles estavam muito confiantes em sua zona forte, não previram a revolução. Por outro lado, a Fujifilm viu nisso uma oportunidade e investiu em diferentes setores com a ajuda de suas zonas fortes.
Há muito mais que precisa ser dito sobre como a Kodak falhou em lidar com a transformação da indústria e pedir concordata em 2012. Há também algumas reviravoltas interessantes na prosperidade e sucesso da Fujifilm.
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